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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Capitulo 2

Ele ficou o mais longe possivel, mas parecia que quanto mais tempo passava, mais eu sentia o cheiro doce e intoxicante que vinha dele! Eu quase não resistia, mas lutei persistentimente contra isso, eles trouxeram comida para ele, que ele comeu com avidez. O que eles queriam me deixando com sede? O que eles  esperavam, que eu matasse o Gabriel? Porque se aquilo continuasse, era isso que aconteceria, mas com que propósito?

Nada veio na minha  mente!

Era dificil se concentrar com aquela sede, e o fato dele estar por perto também não ajudava. A sede ia aumentando e as horas passando, ninguem vinha nos ver, Gabriel olhava para mim como quem pede desculpas, mas não disse nada!

Mesmo sem respirar era dificil não ceder a tentação! As horas foram passando e a fome aumentando.
-Não aguento isso.
-O que foi Gabriel?
-Você!
É, ele tinha razão, eu era um monstro, ele devia estar cheio de repulsa, ele deveria querer sai dalí e ficar o mais longe possivel de mim, levando meu bebê com ele! Mas isso fosse o melhor para o Christian, eu não me importaria!
-Do que você precisa Elena? Não é de sangue?
Somente acenei com a cabeça, dizendo que sim.
-Então beba o meu!
-Não.
Disse com raiva e repulsa que estava tomando conta de mim, tentei me impedir de imaginar tomando seu sangue e sem sucesso, vi ele largado em meus braços sua cor indo embora, e eu sugando sua vida. Me senti enjoada com aquela imagem.
-Porque?
Só balancei a cabeça negativamente e olhei para o chão a minha frente, escutei ele se levantar e andar em direção a mim, levantei minha cabeça e lancei a ele um olhar feroz de advertencia, ele parou me encarou confuso, por alguns instantes e depois ignorou meu olhar e se ajoelhou na minha frente, tentei ir para longe, mas estava fraca, mal podia sustentar minha própria cabeça.

-Elena, você não vai me matar! Eu sei que você pode conseguir.
-Você está errado!
-Você não vai me machucar!
-Vou sim. E você deveria se afastar de mim! AGORA!
-Eu confio em você.
-Não faça isso!
-Eu te Amo. E não me importo se você vai me matar ou não, se você for ficar bem, então tudo bem. Para mim é isso que importa. Te perdi uma vez, não vou perder de novo.
-Quem tem que viver aqui é você. Não tem discussão, isso é... repulsivo! Não consigo imaginar isso, sem me sentir doente. E se você morrer? Quem vai cuidar do no... seu filho?
-Ele também é seu filho. Ele é nosso filho.
-Não é meu mais. Eu não sou a mesma pessoa de antes Gabriel. O que eu sou agora... não é natural. Eu se quer deveria existir.

Ele não disse mais nada, se sentou do meu lado e segurou minha mão, mais uma hora e estava mais fraca ainda! Encostei minha cabeça na parede, minhas pernas estavam esticadas, meio jogadas, porque eu já não tinha mais forças para me levantar ou mexer elas, meu braços do meu lado e Gabriel ainda segurando minha mão.

Ele estava tentando ao máximo esconder de mim o fato de que ele estava quase chorando, mais eu podia ver nele, em seu rosto e olhos vermelhos que ele não estava tendo muito sucesso!

Mais uma hora, minha vista tinha piorado muito, minha boca estava seca, mas estranhamente, senti minha força voltar a mim, todos os meus sentidos voltados para o coração pulsante ao meu lado.
A porta se abriu e aquele homen de antes entrou, novamente eu não consegui entrar na cabeça dele, o que meu deixou frustrada.
-você é forte Elena, tenho de admitir, Rafael escolhe bem quem ele vai transformar. De todas as pessoas que vi, você foi a unica que durou tanto tempo. Mas você tem necessidades e fraquesas como todos!
-Então é isso? é só uma maldita experiencia, para ver quanto tempo eu duro?
-sim é uma experiencia, mais não é para saber quanto tempo você consegue sobreviver sem sangue. Acho que deveria escolher outra pessoa, deveria ter colocado um desconhecido junto de você, ao inves de seu marido.
-o que você quer de mim?
-algo que está em sua genética, algo que você pode fazer, mas tem repulsa de fazer. Sim, eu estava observando, sei todos os seus pensamentos Elena. Achei que você seria mais esperta, que adivinharia na hora qual era meu dom, porque você acha que não consegue entrar em minha mente? nunca pensou que existiria alguem igual a você? claro que é raro, mas acontece!
-o que você quer eu faça?
-transforme ele!
-O que? Não posso fazer isso!
-é isso o que quero saber. Elena, é apenas uma mordida, e depois... você e seu filho estarão livres! Nunca mais vamos te procurar.
-não posso fazer isso.
disse com a voz derrotada.
-então acho que você presica de um incentivo. Que tal este, se você não fizer, seu filho morre. Pense bem. Só lhe resta algumas horas.
-não posso fazer isso com o pai de meu filho.
-oh, esta questão! O que acha de outra pessoa?
-alguem que não conheço?
-sim.
acenei com a cabeça e engoli a repulsa que veio a minha mente. Ele saiu junto com os outros, depois um dele entrou novamente e jogou uma bolsa de sangue, mesmo estando fraca, meus reflexos respoderam automaticamente e pegaram a bolsa antes dela bater no meu rosto, eu o abri tremula e tomei todo o liquido em questão de segundos, sem me importar com o Gabriel me vendo fazer aquilo, se isso iria assustar ele, ótimo, ele tinha que ficar longe de mim!

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